domingo, 27 de fevereiro de 2011

Literatura para as mamães, e papais!

Devia ser tudo muito natural: os filhos nascem, crescem e escolhem o seu rumo. Mas não é bem assim. As relações entre mães e filhos ainda estão entre as mais complexas de todas as transações vividas pelos humanos, e isso não tem nada a ver com a nova posição que a mulher ocupa na sociedade e no trabalho. As mães em geral continuam se queixando de que a tarefa é árdua, enquanto os filhos reclamam que há mãe demais ou de menos na vida deles. Um dia, se tudo correr bem, podem chegar a um acordo, mas tudo indica que o pacto da paz ainda vai demorar. 
Enquanto isso na Sala de Justiça, nós mães e pais podemos e devemos recorrer a quem registrou e imortalizou, de maneira realista e bem humorada, o grande desafio de criar filhos par ao mundo.

Travessuras de Mãe (Ed. Globo), Denise Fraga

Fraldas, mamadeiras, noites sem dormir e muito choro de bebê. Para uma mãe de primeira viagem isso pode parecer assustador, mas se você é como a atriz Denise Fraga, vai transformar esse sentimento em deliciosas histórias sobre a maternidade. No livro Travessuras de Mãe, Denise reuniu mais de 70 crônicas publicadas na revista Crescer, onde é colunista há 6 anos. As histórias contam os momentos mais engraçados e marcantes desde quando soube que estava grávida do primeiro filho, Nino, hoje com 11 anos, até as travessuras de Pedro, 9 anos. Em uma das crônicas, a atriz conta como demorou para encontrar alguém para cuidar dos filhos. E que nem sempre a babá contratada é do jeito que a mãe precisa. Piadas à parte, Denise também fala de tudo o que aprendeu com os filhos e como cada dia é uma emoção diferente quando chega em casa do trabalho.
 Diário de um grávido (Mescla Editorial), de Renato Kaufmann

Para o jornalista e escritor Renato Kaufman, saber que vai ser pai é quase um susto para um homem. Ainda mais se não estavam planejando ter um bebê. O livro é baseado em fatos reais e inspirado no blog Diário Grávido (diariogravido.blogspot.com). Mostra que do medo de ser pai, o homem, em pouco tempo, passa a temer que alguma coisa, qualquer uma, atrapalhe a gravidez (toda vez que a mulher de Kauffman saia para trabalhar ele vivia uma angústia porque “há uma grávida na rua com hormônios descontrolados). Com texto leve, bem-humorado e super-realista, o autor traz a visão masculina em um mundo dominado pelas mulheres.

A Vida Secreta de uma Mãe Caótica (Ed. Record), de Fiona Neill

 Quantos desejos secretos nós, mães, não temos a toda hora? Um dia você gostaria de ter mais tempo, no outro mais dinheiro, tem vez que é a paciência que falta. Lucy, a protagonista inglesa dessa ficção, tem pensamenos assim o tempo todo. Com muito bom humor (e um pouco de sarcasmo), ela conta sobre os três filhos pequenos, o casamento de dez anos e seu mais novo problema: um pai da escola que está roubando seus sonhos. Impossível não se reconhecer em vários trechos do livro.




Pequenos Terremotos (Ed. Record), de Jennifer Weiner

Uma é chef de um restaurante e uma gordinha sexy, a outra parece ter uma vida perfeita, mas tem de administrar um marido desempregado, a terceira está meio perdida e tem um marido que trai a sua confiança e a quarta largou carreira de sucesso, marido e tudo mais para começar uma nova vida. As quatro se conhecem na aula de ioga para gestantes e passam a dividir o desafio de ser mãe nos dias atuais contado de uma maneira leve e engraçada. 


Há quem acredite que a mulher, para ser "A Melhor Mãe de Todos os Tempos", desde que dá a luz ao primeiro filho, deve aprender a ser mãe-criança, mãe-amiga, mãe-irmã, mãe-protetora e mãe-maravilha. Entretanto, em face do que se vê por aí, nenhum filho ou filha carece dessa inflação materna, que vira um sufoco. Basta ser mãe-adulta. E só uma.

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