segunda-feira, 7 de março de 2011

Ensinando as crianças sobre a gratidão pela vida.

Boa noite, é carnaval! 

Aqui em Belo Horizonte chove, chove e chove sem parar. Meus filhos gêmeos, Arthur e Bernado - 5 anos, em casa, all the time! Uau! 6 dias de feriado, haja criatividade para lidar com as crianças em casa enquanto o mundo desaba em água lá fora. E depois de um dia chuvoso e aconchegante em casa com eles, agora dormem... e estes dias eu tenho pensado muito sobre a educação que eu estou dando a eles, eu e o mundo em que vivemos. Eles tem tudo... são privilegiados, tem muito muito amor, um olhar de cuidado intensivo, tem uma família diferente e não menos especial, tem um lar afetivo, tranquilo e seguro. Saúde, atenção e brinquedos em excesso. Uma boa escola, alimentação de qualidade, sim... eles tem tudo. Alegria para brincar (e como brincam!)! Tem braços de polvo desta mãe, prontos para abraçá-los sem pestanejar. Eles tem amor, tem o milagre da vida.

Arthur, amigo secreto na escola.
É preciso agradecer...
E pensando neste tudo, sempre tento mostrar a eles um pouco sobre o conceito de "gratidão". Avida é efêmera, as situações nos surpreendem e desafiam, e de repente "aquilo que era tudo" de repente passa a não ser. A gratidão é importante, pois caminha de mãos dadas com o amor. Penso em como é importante ensinarmos nossas crianças a vivenciar a gratidão em seu cotidiano. Das pequenas às grandes coisas que acontecem com eles é possível ter sentimento de gratidão, não ter sentimento algum (ser indiferente, passar desapercebido) ou ser ingrato, desejando sempre mais do que se ganhou.
Bernardo e sua coleguinha Ana Clara
 Segundo pesquisa científica feita pelo professor de psicologia da Universidade da California, Robert Emmons, “a gratidão é o fator esquecido na pesquisa da felicidade”. Ao estudar a felicidade, muitos pesquisadores têm deparado com este elemento como importante na busca da felicidade: a gratidão, aquela emoção de agradecimento e alegria que surge no recebimento de um presente ou de um auxílio. Sabemos que a gratidão leva as pessoas a agir de forma mais virtuosa ou altruista, o que ajuda a construir o apoio social que está ligado ao bem estar físico e e psicológico.

Quem sente mais gratidão dorme mais, faz mais exercícios físicos, tem menores níveis de estresse e depressão, além de demonstrar mais simpatia e conseguir ver as coisas pelos olhos dos outros. Não negam ou ignoram os aspectos negativos da vida, mas ampliam sua capacidade de ter sentimentos agradáveis. E as crianças que praticam a gratidão apresentam atitudes mais positivas em relação à família e à escola. E como ensinar um sentimento genuíno como este para nossos filhos?

Podemos começar permitindo que as crianças não sejam sempre o único alvo das atitudes generosas. Compartilhe com seu filho pequeno o prazer de ser generoso com os familiares, montando uma bandeja de café da manhã para o papai, para o irmão, trazendo água fresquinha para a mamãe que chega cansada depois de um dia enorme, fazendo massagem nas costas da mamãe enquanto ela vê TV (se é que mãe vê Tv, né gente, rs), ajudar a guardar as compras do supermercado! Pequenos atos de carinho que são ofertados sem o desejo de nada em troca, quando bem recebidos (com alegria e satisfação) constroem na criança o conceito de que é bom ser bom. E ela saberá que quando alguém lhe dá algo, material ou não, está também vivenciando o prazer de ser generoso e altruísta.

E aqui, quero agradecer mais uma vez a Deus pela força da minha vida e dos meus filhos. Agradecer a todas as pessoas que me ajudaram a chegar até aqui, agradecer pelo tudo que me faz continuar a longa caminhada com esperança e fé, o maior desafio da vida: criar os filhos para o mundo. Obrigada! Obrigada!


Bernardo e Arthur, Abril de 2009. Juntos, sempre.

Um comentário:

Maíra disse...

Que post lindo, amiga! Amei!
Esses meninos têm muita sorte de terem você como mãe - e você também tem muita sorte de tê-los como filhos! Amo vocês!